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Decretada guerra aos canudos de plástico em todo País

Os canudinhos de plástico podem estar com os dias contados em Porto Alegre. Um projeto de lei proposto pelo vereador Marcelo Sgarbossa (PT) quer tornar ilegal a venda e a distribuição dos canudos descartáveis por estabelecimentos comerciais e ambulantes.

Segundo o texto, restaurantes, bares, lanchonetes, quiosques, ambulantes e similares na Capital ficarão proibidos de vender e distribuir os canudos em seus estabelecimentos sob risco de multa, cujo valor ainda não está definido. Em caso de reincidência, a sanção deve ser aplicada em dobro. Os valores devem ser destinados à aplicação em programas ambientais do município.

Conforme Sgarbossa, os estabelecimentos podem substituir os canudos de plástico por canudos de papel biodegradável. O projeto, diz o vereador, é baseado no conceito do “decrescimento”, que propõe um estilo de vida com menos consumo de recursos naturais visando a melhoria do meio ambiente.

— Deixar de usar a sacola plástica, comprar diretamente do produtor e reduzir o consumo são algumas práticas que podemos fazer para diminuir o uso dos recursos naturais do planeta. O plástico demora mais de 400 anos para se decompor e, mesmo assim, não desaparece. Será que precisamos mesmo do canudinho? — questiona o petista.

O projeto foi protocolado na Câmara Municipal no dia 1º e está na fase inicial da tramitação.

Tendência

Sgarbossa cita como exemplo o Rio de Janeiro, que aprovou em 7 de junho um projeto de lei semelhante de autoria do vereador Jairinho (MDB), que ainda aguarda sanção do prefeito Marcelo Crivella (PRB). O texto obriga os estabelecimentos comerciais a usarem canudos de papel biodegradável. Quem descumpre a norma é multado em R$ 3 mil, que também pode ser cobrado em dobro em caso de reincidência.

Em São Paulo, um projeto semelhante do vereador Reginaldo Tripoli (PV) também está tramitando no Legislativo. A capital paulista prevê multa de R$ 8 mil. Já fora do Brasil, a França aprovou em 2016 uma lei que proibirá pratos, copos, talheres e canudos de plástico descartáveis em 2020.

Texto: Gaúcha/ZH