Notícias

Instituto registra aumento de 15% de desmatamento da Amazônia em um ano

O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), divulgado pelo Imazon, detectou um aumento de 15% no desmatamento da Amazônia Legal em um ano. O crescimento refere-se a comparação entre agosto de 2018 e julho de 2019 com o mesmo período do ano anterior.

Apenas em julho de 2019, mês que fecha o calendário oficial do desmatamento, a destruição das florestas somou 1.287 km², segundo o Imazon. Isso representa um aumento de 66% em relação ao mesmo mês de 2018.

O Acre, que tradicionalmente não costuma aparecer na lista dos estados que mais desmatam, ocupou a terceira posição do ranking, com um aumento de 257% no mês.

O SAD é uma ferramenta de monitoramento, baseada em imagens de satélites, desenvolvida pelo instituto Imazon para reportar mensalmente o ritmo do desmatamento e da degradação florestal da Amazônia.

O Imazon é um instituto nacional de pesquisa, sem fins lucrativos, composto por pesquisadores brasileiros, fundado em Belém há 29 anos.

Na última semana, Alemanha e Noruega, dois grandes doadores para projetos de conservação da Amazônia, congelaram recursos com estes fins diante do desmatamento que a região sofre.

Confira as principais áreas desmatadas
Entre agosto de 2018 e julho de 2019, foram registrados 5.054 km² de desmatamento. Os estados que lideram o ranking do período são Pará, Amazonas e Mato Grosso.

Os municípios com maiores áreas desmatadas, em julho de 2019, foram Altamira (128 km²) e São Félix do Xingu (96 km²), no Pará, e Porto Velho (78 km²), em Rondônia.

A Unidade de Conservação com a maior área desmatada (82 km²), em julho de 2019, foi a Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu, no Pará. Em Rondônia estão localizadas as outras duas Unidades de Conservação com maior área desmatada no mês: Florex Rio Preto-Jacundá e Resex Jaci-Paraná que perderam 40 e 25 km², respectivamente.

Outro ponto de alerta é o desmatamento em Terras Indígenas. As três áreas indígenas mais desmatadas em julho ficam no Pará: as reservas Apyterewa e Trincheira Bacajá, ambas no sudoeste do estado, e a reserva Ituna/Itatá, no sudeste do Pará.

Através do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), o Imazon realiza, há mais de uma década, o monitoramento e divulgação de dados sobre o desmatamento e degradação da Amazônia Legal.

Fonte: O Globo